Piano alone. A Composer's journal. Piano só. Diário de um compositor. Piano seul. Journal d'un Compositeur. Piano Solo. Diario di un Compositore. Klavier Allein. Ein Komponist Tagebuch.












Monday 22 February 2010

Daniel Gonçalves vence o Prémio Manuel Alegre.




Fiquei eufórico pelo merecido prémio de poesia Manuel Alegre atribuído recentemente a Daniel Gonçalves. Sobre ele já aqui escrevi: "o grupo de poetas da minha geração, Daniel Gonçalves é, actualmente, o da minha referência por variadíssimas razões:
- em primeiro lugar é de salientar a atitude, verdadeiramente poeta, por não só escrever mas também manufacturar alguns dos seus livros, remetendo-os para quem merece realmente ler boa poesia. O poeta chega mesmo a enviar para os leitores mais persistentes, por correio, em pequenas edições limitadas, sem distribuidora, livraria, editora e, por fim, de forma gratuita, tal como a própria poesia o deve de ser. Sim, já sei, são vários os bons poetas que já o fazem, alguns em formato PDF, outros também manufacturados... por isso estão na mesma grandiosidade do Daniel. Recentemente fui um dos felizardos, conseguir chegar a tempo e ainda deitei a mão a uma dessas raríssimas obras, antes de acabar o pequeno número de vinte exemplares propostos pelo autor. Uma preciosidade que felizmente não perdi. Textos ímpares, belíssimos do qual vos quero falar e contagiar a leitura com a próxima entrada. Para tal, foi apenas preciso estar atento ao blog do poeta (aqui);
- em segundo lugar, confesso-vos que ando algo farto da poesia contemporânea de alguns autores da minha geração, parte da poesia que por aí anda, e é muita, caiu numa espécie de ensaio da língua, num desdobramento de oficina através do exercício da sinonímia. Quanto maior for o palavrão, maior a complicação. Daniel gosta de se intitular como o poeta da 'Simplicidade' e de facto assim o é. Os melhores versos que encontro na língua de um livro são os dele, simples, leves, puros mas cheios de trabalho, não da língua, mas da gravidade das palavras depois de todo o lixo desaparecer.

In http://carlosvaz.blogspot.com/

Não me revejo completamente nas palavras do meu querido Carlos. Porém, espero que ele me permita incluir aqui este seu texto, que considero merecer uma leitura e reflexão atentas.
Mais tarde escreverei sobre o Daniel, que além de um amigo, é um poeta. Como diria o Valter aquando do "três minutos (...)" Não há maus poetas. Se forem maus, não são poetas. É isto mesmo. Costumo citá-lo várias vezes porque considero que para mim não há mais nada a elaborar sobre isto. É assim mesmo. E o Daniel é um poeta. E viverá tanto quanto as montanhas.
Em breve contarei uma pequena história com ele.

Valter Hugo Mãe em Guimarães.



Anteontem, sábado, ao final da tarde, fui com a Isabel a Guimarães ver e ouvir o Valter no seu lançamento do recente "a máquina de fazer espanhóis".
Extraordinário. Antes passámos pelo Vila Flor, onde vi uma exposição que não me agradou particularmente, para ser delicado.
Valter estava só. Também não precisaria de mais ninguém. Penso que nunca precisou. Entre saborosas leituras do último romance e alusões a "vampiros de Freamunde" -quem lá estava, percebe :-)-, o tempo passou como se não o tivesse feito.
Adorámos. Esceveu algo no meu "Apocalipse (...)", e regressámos.