Piano alone. A Composer's journal. Piano só. Diário de um compositor. Piano seul. Journal d'un Compositeur. Piano Solo. Diario di un Compositore. Klavier Allein. Ein Komponist Tagebuch.












Wednesday 16 September 2009

A ponte II


Amarante, 18 de Abril de 2009. Cafetaria da Ponte. Da esquerda para a direita: João Pinto, Kiko, Isabel, Delia, eu, César, Mestre Manuel Carneiro e pintor Júlio Cunha.

Domingo, 19 de Abril de 2009.
A ponte II

Inauguração da exposição A ponte em Amarante, no histórico dia 18 de Abril de 2009.
Texto do Carlos sobre a Isabel, no Catálogo da Exposição.

A PINTURA COMO DEVIR


A experiência face ao descortino da pintura-escultura – se assim pudemos chamar, uma vez que a sua obra não se confina ao espaço da cor – de Isabel Ferreira Alves é a de que toda a tela é a ausência da matiz que ocupa.
Frente à vacuidade gerada pela obra ainda no seu devir, cabe moldar um corpo capaz de conceder um espaço a toda a ausência. Assim, creio vivamente que toda a tela é um ser que respira para findar o vazio que lhe foi imposto antes de ser gerado. A obra de Isabel Ferreira Alves é, sem dúvida, uma contínua busca da prestação desse corpo como pintura. Saber ler as cores e com elas mergulhar no espaço infindável do ser é somente acreditar que em cada obra da autora toda a ausência termina no acolhimento do corpo que se avizinha para figurar a existência do gesto que concebe toda a pintura como devir.

Carlos Vaz – Escritor
2002

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